Matéria
SATI Saúde Maio/2013
(escrita por Dra. Alda Bravo)
Espondilite Anquilosante (EA)
Espondilite Anquilosante é uma doença
de natureza inflamatória, auto-imune, crônica dolorosa progressiva e incurável
que afeta principalmente o esqueleto axial (articulação), a coluna.
Frequentemente ocorre rigidez gradual da coluna e o movimento se torna muito
prejudicado, podendo envolver outras áreas como: ombros, quadris e membros
inferiores. Afeta o corpo externamente e internamente, por que as células
imunes agridem as articulações entre ossos da coluna (intervertebrais) e entre
a coluna e a pelvis (articulações ilíacas, o quadril), ligamentos e tendões; se
a EA não for tratada com eficácia pode piorar com o tempo.
Geralmente
se inicia no adulto jovem (20 a 40 anos) tanto homens quanto mulheres, da cor
branca e em indivíduos HLAB27 positivos.
É
progressiva, sendo mal cuidada, termina deixando a pessoa incapacitada, pois
esta lesão pode evoluir para uma calcificação dos ligamentos entre as vertebras
levando a sua fixação (rigidez), ou seja fusão das articulações da coluna
vertebral e das articulações sacro ilíaca (anquilose), o indivíduo se torna rígido
e com deformidades impedindo a mobilização normal. Esta doença leva a
inflamação dos intestinos (diarréia) assim como infecção pulmonar e torácica
dificultando a respiração (falta de ar).
Cuidados
sempre são bem vindos principalmente após o diagnostico de EA: bons hábitos de
vida, boa alimentação, diminuição de peso exercitar-se regularmente, manter a
flexibilidade e melhorar a postura, mas para isso deve ter orientação do médico,
nutricionista e de um fisioterapeuta (nunca fazer por conta própria).
OBS:
O indivíduo deve sempre estar em movimento, pois se ficar deitado (sedentário)
o quadro pode piorar.
Sintomas
iniciais da doença: dor nos glúteos, e esta dor termina se espalhando
possivelmente por trás das coxas e parte inferior da coluna, costuma deixar um
lado mais dolorido que o outro, quase sempre provenientes das articulações
sacrilíacas; dor global; cansaço; perde o apetite e peso; podendo adquirir uma
anemia.
A
inflamação pode causar também dor nas costelas e coluna vertebrais e o
indivíduo fica acometido de dor no peito e piora com a respiração devido
à diminuição da expansibilidade do tórax, durante a respiração profunda, o
paciente acometido com EA não deve fumar, pois estará mais susceptível a
infecções. Os ossos esporadicamente há áreas hipersensíveis ou dolorosos
como calcanhar, levando a dificuldade de ficar de pé ou de caminhar. Os olhos:
pode ocorrer uvelite (parte do colorido dos olhos (íris) os mesmos ficam
vermelhos), é primordial o acompanhamento de um oftalmologista. A pele:
pode causar psoríase, vermelhidão, coceira e presença de escamas prateadas,
secas e espessas, que pode estar associada à EA em alguns pacientes.
O
diagnóstico se dá através de RX, Tomografia ou Ressonância Magnética da bacia
da coluna e das articulações afetadas e exame de sangue.
Qual
a diferença da EA para outras doenças, através dos exames acima citados e mais
o exame de sangue, pois os sintomas do pacientes são diferentes das dores de
coluna comuns. A presença ou positividade do grupo sanguíneo HLA-B27, porém não
é um diagnóstico fechado, embora possa ajudar em determinados pacientes. A EA
toma diferentes rumos em cada pessoa, ou seja,
dois casos jamais são iguais, há casos em que os ossos das vértebras crescem
formando ponte entre as vértebras, às vezes envolvendo completamente as articulações
impedindo assim que ela se mova causando rigidez, denominada anquilose. Já em outras
pessoas as dores são leves não tendo assim desconforto. A EA pode ser herdado geneticamente
de determinado grupo sanguíneo dos glóbulos brancos tanto que quando a pessoa é
portadora de EA, inicia-se a pesquisa sanguínea nos filhos.
Por
ser uma doença crônica e de limitação progressiva, é importante o
acompanhamento psicológico para melhor integração social do paciente.
Os cuidados
iniciais, são importantes para não evolução da doença.
Dra. Alda Bravo
Trabalha no Núcleo Terapêutico de Reabilitação Integral, em parceria com Dra. Carmelita Soares.
É formada em Fisioterapia e pós-graduada em Traumato-ortopedia / Acupuntura, RPG e é praticante de Reiki, portanto visa em seus trabalhos terapêuticos unir as Terapias Naturais com a Científica, obtendo grandes resultados. É voluntária da equipe do Núcleo no atendimentos aos idosos nas feiras de saúde da SATI - Sociedade Amigos da Terceira.
Tel: (21) 3547-6908